Skip to content Skip to footer

Maldição

Na Bíblia, a maldição se manifesta como uma consequência da desobediência à Lei Divina. Ela representa a ruptura da relação entre Deus e o ser humano, gerando sofrimento, destruição e afastamento da bênção divina. Compreender o conceito de maldição e suas implicações na vida individual e social é fundamental para buscarmos a restauração e a reconciliação com Deus.

Mergulhando na Natureza da Maldição:

  • Quebra da Aliança: A maldição surge como resultado da quebra da aliança estabelecida por Deus com o ser humano no Jardim do Éden. Ao desobedecer à ordem divina, Adão e Eva trouxeram a maldição sobre a terra e toda a humanidade ([Gênesis 3:14-19]).

  • Consequências da Desobediência: A maldição se manifesta de diversas formas, como doenças, pobreza, sofrimento, injustiça e morte. Ela é a consequência natural da desobediência à Lei de Deus e do afastamento de seus princípios ([Deuteronômio 28:15-68]).

  • Maldição Autoimposta: A maldição também pode ser autoimposta através de palavras negativas, pensamentos destrutivos e ações que infringem a Lei Divina. Ao cultivarmos o negativismo e a rebeldia, atraímos sobre nós as consequências da maldição ([Provérbios 18:21]).

Rompendo com a Maldição:

  • Arrependimento e Conversão: O primeiro passo para romper com a maldição é o arrependimento genuíno dos pecados e a conversão ao Senhor. Reconhecendo nossa falha e buscando o perdão de Deus, abrimos caminho para a restauração e a bênção ([Atos 3:19]).

  • Obediência à Lei Divina: A obediência à Lei de Deus é essencial para romper com a maldição e alcançar a vida plena que Ele promete. Seguindo seus princípios e ensinamentos, demonstramos nosso amor e respeito, e nos aproximamos da bênção divina ([Deuteronômio 28:1-14]).

  • Fé em Jesus Cristo: A fé em Jesus Cristo é a chave para a redenção completa da maldição. Através do sacrifício de Cristo na cruz, podemos ser libertos da culpa do pecado e receber a vida eterna em Deus ([Gálatas 3:13-14]).

Prevenindo a Maldição:

  • Cultivar uma Vida em Obediência: A melhor maneira de prevenir a maldição é cultivar uma vida em obediência à Lei de Deus. Isso implica em buscar a santidade, amar ao próximo e viver de acordo com os princípios divinos ([1 Pedro 1:15-16]).

  • Palavras de Benção e Fé: Cultivar palavras de benção, fé e esperança é fundamental para afastar a maldição e atrair a bênção divina. Ao declararmos a Palavra de Deus sobre nossas vidas e sobre os outros, liberamos o poder transformador da fé ([Provérbios 18:22]).

  • Gratidão e Alegria: A gratidão e a alegria são antídotos contra a maldição. Ao cultivarmos esses sentimentos em nossos corações, abrimos espaço para a bênção divina e experimentamos a plenitude da vida em Deus ([Filipenses 4:6-8]).

Salmo 7

1 Senhor, meu Deus, em ti me refugio; salva-me e livra-me de todos os que me perseguem,

2 para que, como leões, não me dilacerem nem me despedacem, sem que ninguém me livre.

3 Senhor, meu Deus, se assim procedi, se nas minhas mãos há injustiça,

4 se fiz algum mal a um amigo ou se poupei sem motivo o meu adversário,

5 persiga-me o meu inimigo até me alcançar, no chão me pisoteie e aniquile a minha vida, lançando a minha honra no pó.

6 Levanta-te, Senhor, na tua ira; ergue-te contra o furor dos meus adversários. Desperta-te, meu Deus! Ordena a justiça!

7 Reúnam-se os povos ao teu redor. Das alturas reina sobre eles.

8 O Senhor é quem julga os povos. Julga-me, Senhor, conforme a minha justiça, conforme a minha integridade.

9 Deus justo, que sondas a mente e o coração dos homens, dá fim à maldade dos ímpios e ao justo dá segurança.

10 O meu escudo está nas mãos de Deus, que salva o reto de coração.

11 Deus é um juiz justo, um Deus que manifesta cada dia o seu furor.

12 Se o homem não se arrepende, Deus afia a sua espada, arma o seu arco e o aponta,

13 prepara as suas armas mortais e faz de suas setas flechas flamejantes.

14 Quem gera a maldade concebe sofrimento e dá à luz a desilusão.

15 Quem cava um buraco e o aprofunda cairá nessa armadilha que fez.

16 Sua maldade se voltará contra ele; sua violência cairá sobre a sua própria cabeça.

17 Darei graças ao Senhor por sua justiça; ao nome do Senhor Altíssimo cantarei louvores.


Salmo 35

1 Defende-me, Senhor, dos que me acusam; luta contra os que lutam comigo.

2 Toma os escudos, o grande e o pequeno; levanta-te e vem socorrer-me.

3 Empunha a lança e o machado de guerra contra os meus perseguidores. Dize à minha alma: “Eu sou a sua salvação”.

4 Sejam humilhados e desprezados os que procuram matar-me; retrocedam envergonhados aqueles que tramam a minha ruína.

5 Que eles sejam como a palha ao vento, quando o anjo do Senhor os expulsar;

6 seja a vereda deles sombria e escorregadia, quando o anjo do Senhor os perseguir.

7 Já que, sem motivo, prepararam contra mim uma armadilha oculta e, sem motivo, abriram uma cova para mim,

8 que a ruína lhes sobrevenha de surpresa: sejam presos pela armadilha que prepararam, caiam na cova que abriram, para a sua própria ruína.

9 Então a minha alma exultará no Senhor e se regozijará na sua salvação.

10 Todo o meu ser exclamará: “Quem se compara a ti, Senhor? Tu livras os necessitados daqueles que são mais poderosos do que eles, livras os necessitados e os pobres daqueles que os exploram.”

11 Testemunhas maldosas enfrentam-me e questionam-me sobre coisas de que nada sei.

12 Elas me retribuem o bem com o mal e procuram tirar-me a vida.

13 Contudo, quando estavam doentes, usei vestes de lamento, humilhei-me com jejum e recolhi-me em oração.

14 Saí vagueando e pranteando, como por um amigo ou por um irmão. Eu me prostrei enlutado, como quem lamenta por sua mãe.

15 Mas, quando tropecei, eles se reuniram alegres; sem que eu o soubesse, ajuntaram-se para me atacar. Eles me agrediram sem cessar.

16 Como ímpios caçoando do meu refúgio, rosnaram contra mim.

17 Senhor, até quando ficarás olhando? Livra-me dos ataques deles, livra a minha vida preciosa desses leões.

18 Eu te darei graças na grande assembleia; no meio da grande multidão te louvarei.

19 Não deixes que os meus inimigos traiçoeiros se divirtam à minha custa; não permitas que aqueles que sem razão me odeiam troquem olhares de desprezo.

20 Não falam pacificamente, mas planejam acusações falsas contra os que vivem tranquilamente na terra.

21 Com a boca escancarada, riem de mim e me acusam: “Nós vimos! Sabemos de tudo!”

22 Tu viste isso, Senhor! Não fiques calado. Não te afastes de mim, Senhor,

23 Acorda! Desperta! Faze-me justiça! Defende a minha causa, meu Deus e Senhor.

24 Senhor, meu Deus, tu és justo; faze-me justiça para que eles não se alegrem à minha custa.

25 Não deixes que pensem: “Ah! Era isso que queríamos!” nem que digam: “Acabamos com ele!”

26 Sejam humilhados e frustrados todos os que se divertem à custa do meu sofrimento; cubram-se de vergonha e desonra todos os que se acham superiores a mim.

27 Cantem de alegria e regozijo todos os que desejam ver provada a minha inocência e sempre repitam: “O Senhor seja engrandecido! Ele tem prazer no bem-estar do seu servo”.

28 Minha língua proclamará a tua justiça e o teu louvor o dia inteiro.


Salmo 55

1 Escuta a minha oração, ó Deus, não ignores a minha súplica;

2 ouve-me e responde-me! Os meus pensamentos me perturbam, e estou atordoado

3 diante do barulho do inimigo, diante da gritaria dos ímpios; pois eles aumentam o meu sofrimento e, irados, mostram seu rancor.

4 O meu coração está acelerado; os pavores da morte me assaltam.

5 Temor e tremor me dominam; o medo tomou conta de mim.

6 Então eu disse: Quem dera eu tivesse asas como a pomba; voaria até encontrar repouso!

7 Sim, eu fugiria para bem longe, e no deserto eu teria o meu abrigo.

8 Eu me apressaria em achar refúgio longe do vendaval e da tempestade.

9 Destrói os ímpios, Senhor, confunde a língua deles, pois vejo violência e brigas na cidade.

10 Dia e noite eles rondam por seus muros; nela permeiam o crime e a maldade.

11 A destruição impera na cidade; a opressão e a fraude jamais deixam suas ruas.

12 Se um inimigo me insultasse, eu poderia suportar; se um adversário se levantasse contra mim, eu poderia defender-me;

13 mas logo você, meu colega, meu companheiro, meu amigo chegado,

14 você, com quem eu partilhava agradável comunhão enquanto íamos com a multidão festiva para a casa de Deus!

15 Que a morte apanhe os meus inimigos de surpresa! Desçam eles vivos para a sepultura, pois entre eles o mal acha guarida.

16 Eu, porém, clamo a Deus, e o Senhor me salvará.

17 À tarde, pela manhã e ao meio-dia choro angustiado, e ele ouve a minha voz.

18 Ele me guarda ileso na batalha, sendo muitos os que estão contra mim.

19 Deus, que reina desde a eternidade, me ouvirá e os castigará. Pausa Pois jamais mudam sua conduta e não têm temor de Deus.

20 Aquele homem se voltou contra os seus aliados, violando o seu acordo.

21 Macia como manteiga é a sua fala, mas a guerra está no seu coração; suas palavras são mais suaves que o óleo, mas são afiadas como punhais.

22 Entregue suas preocupações ao Senhor, e ele o susterá; jamais permitirá que o justo venha a cair.

23 Mas tu, ó Deus, farás descer à cova da destruição aqueles assassinos e traidores, os quais não viverão a metade dos seus dias. Quanto a mim, porém, confio em ti.


Salmo 58

1 Será que vocês, poderosos, falam de fato com justiça? Será que vocês, homens, julgam retamente?

2 Não! No coração vocês tramam a injustiça, e na terra as suas mãos espalham a violência.

3 Os ímpios erram o caminho desde o ventre; desviam-se os mentirosos desde que nascem.

4 Seu veneno é como veneno de serpente; tapam os ouvidos, como a cobra que se faz de surda

5 para não ouvir a música dos encantadores, que fazem encantamentos com tanta habilidade.

6 Quebra os dentes deles, ó Deus; arranca, Senhor, as presas desses leões!

7 Desapareçam como a água que escorre! Quando empunharem o arco, caiam sem força as suas flechas!

8 Sejam como a lesma que se derrete pelo caminho; como feto abortado, não vejam eles o sol!

9 Os ímpios serão varridos antes que as suas panelas sintam o calor da lenha, esteja ela verde ou seca.

10 Os justos se alegrarão quando forem vingados, quando banharem seus pés no sangue dos ímpios.

11 Então os homens comentarão: “De fato os justos têm a sua recompensa; com certeza há um Deus que faz justiça na terra”.


Salmo 59

1 Livra-me dos meus inimigos, ó Deus; põe-me fora do alcance dos meus agressores.

2 Livra-me dos que praticam o mal e salva-me dos assassinos.

3 Vê como ficam à minha espreita! Homens cruéis conspiram contra mim, sem que eu tenha cometido qualquer delito ou pecado, ó Senhor.

4 Mesmo eu não tendo culpa de nada, eles se preparam às pressas para atacar-me. Levanta-te para ajudar-me; olha para a situação em que me encontro!

5 Ó Senhor, Deus dos Exércitos, ó Deus de Israel! Desperta para castigar todas as nações; não tenhas misericórdia dos traidores perversos.

6 Eles voltam ao cair da tarde, rosnando como cães e rondando a cidade.

7 Vê que ameaças saem de sua boca; seus lábios são como espadas e dizem: “Quem nos ouvirá?”

8 Mas tu, Senhor, vais rir deles; caçoarás de todas aquelas nações.

9 Ó tu, minha força, por ti vou aguardar; tu, ó Deus, és o meu alto refúgio.

10 O meu Deus fiel virá ao meu encontro e permitirá que eu triunfe sobre os meus inimigos.

11 Mas não os mates, ó Senhor, nosso escudo, se não, o meu povo o esquecerá. Em teu poder faze-os vaguear, e abate-os.

12 Pelos pecados de sua boca, pelas palavras de seus lábios, sejam apanhados em seu orgulho. Pelas maldições e mentiras que pronunciam,

13 consome-os em tua ira, consome-os até que não mais existam. Então se saberá até os confins da terra que Deus governa Jacó.

14 Eles voltam ao cair da tarde, rosnando como cães e rondando a cidade.

15 À procura de comida perambulam e, se não ficam satisfeitos, uivam.

16 Mas eu cantarei louvores à tua força; de manhã louvarei a tua fidelidade, pois tu és o meu alto refúgio, abrigo seguro nos tempos difíceis.

17 Ó minha força, canto louvores a ti; tu és, ó Deus, o meu alto refúgio, o Deus que me ama.


Salmo 64

1 Ouve-me, ó Deus, quando faço a minha queixa; protege a minha vida do inimigo ameaçador.

2 Defende-me da conspiração dos ímpios e da ruidosa multidão de malfeitores.

3 Eles afiam a língua como espada e apontam, como flechas, palavras envenenadas.

4 De onde estão emboscados atiram no homem íntegro; atiram de surpresa, sem nenhum temor.

5 Animam-se uns aos outros com planos malignos, combinam como ocultar as suas armadilhas, e dizem: “Quem as verá?”

6 Tramam a injustiça e dizem: “Fizemos um plano perfeito!” A mente e o coração de cada um deles o escondem!

7 Mas Deus atirará neles suas flechas; repentinamente serão atingidos.

8 Pelas próprias palavras farão cair uns aos outros; menearão a cabeça e zombarão deles todos os que os virem.

9 Todos os homens temerão e proclamarão as obras de Deus, refletindo no que ele fez.

10 Alegrem-se os justos no Senhor e nele busquem refúgio; congratulem-se todos os retos de coração!


Salmo 69

1 Salva-me, ó Deus!, pois as águas subiram até o meu pescoço.

2 Nas profundezas lamacentas eu me afundo; não tenho onde firmar os pés. Entrei em águas profundas; as correntezas me arrastam.

3 Cansei-me de pedir socorro; minha garganta se abrasa. Meus olhos fraquejam de tanto esperar pelo meu Deus.

4 Os que sem razão me odeiam são mais do que os fios de cabelo da minha cabeça; muitos são os que me prejudicam sem motivo; muitos, os que procuram destruir-me. Sou forçado a devolver o que não roubei.

5 Tu bem sabes como fui insensato, ó Deus; a minha culpa não te é encoberta.

6 Não se decepcionem por minha causa aqueles que esperam em ti, ó Senhor, Senhor dos Exércitos! Não se frustrem por minha causa os que te buscam, ó Deus de Israel!

7 Pois por amor a ti suporto zombaria, e a vergonha cobre-me o rosto.

8 Sou um estrangeiro para os meus irmãos, um estranho até para os filhos da minha mãe;

9 pois o zelo pela tua casa me consome, e os insultos daqueles que te insultam caem sobre mim.

10 Até quando choro e jejuo, tenho que suportar zombaria;

11 quando ponho vestes de lamento, sou objeto de chacota.

12 Os que se ajuntam na praça falam de mim, e sou a canção dos bêbados.

13 Mas eu, Senhor, no tempo oportuno, elevo a ti minha oração; responde-me, por teu grande amor, ó Deus, com a tua salvação infalível!

14 Tira-me do atoleiro, não me deixes afundar; liberta-me dos que me odeiam e das águas profundas.

15 Não permitas que as correntezas me arrastem nem que as profundezas me engulam, nem que a cova feche sobre mim a sua boca!

16 Responde-me, Senhor, pela bondade do teu amor; por tua grande misericórdia, volta-te para mim.

17 Não escondas do teu servo a tua face; responde-me depressa, pois estou em perigo.

18 Aproxima-te e resgata-me; livra-me por causa dos meus inimigos.

19 Tu bem sabes como sofro zombaria, humilhação e vergonha; conheces todos os meus adversários.

20 A zombaria partiu-me o coração; estou em desespero! Supliquei por socorro, nada recebi; por consoladores, e a ninguém encontrei.

21 Puseram fel na minha comida e para matar-me a sede deram-me vinagre.

22 Que a mesa deles se lhes transforme em laço; torne-se retribuição e armadilha.

23 Que se lhe escureçam os olhos para que não consigam ver; faze-lhes tremer o corpo sem parar.

24 Despeja sobre eles a tua ira; que o teu furor ardente os alcance.

25 Fique deserto o lugar deles; não haja ninguém que habite nas suas tendas.

26 Pois perseguem aqueles que tu feres e comentam a dor daqueles a quem castigas.

27 Acrescenta-lhes pecado sobre pecado; não os deixes alcançar a tua justiça.

28 Sejam eles tirados do livro da vida e não sejam incluídos no rol dos justos.

29 Grande é a minha aflição e a minha dor! Proteja-me, ó Deus, a tua salvação!

30 Louvarei o nome de Deus com cânticos e proclamarei sua grandeza com ações de graças;

31 isso agradará o Senhor mais do que bois, mais do que touros com seus chifres e cascos.

32 Os necessitados o verão e se alegrarão; a vocês que buscam a Deus, vida ao seu coração!

33 O Senhor ouve o pobre e não despreza o seu povo aprisionado.

34 Louvem-no os céus e a terra, os mares e tudo o que neles se move,

35 pois Deus salvará Sião e reconstruirá as cidades de Judá. Então o povo ali viverá e tomará posse da terra;

36 a descendência dos seus servos a herdará, e nela habitarão os que amam o seu nome.


Salmo 79

1 Ó Deus, as nações invadiram a tua herança, profanaram o teu santo templo, reduziram Jerusalém a ruínas.

2 Deram os cadáveres dos teus servos às aves do céu por alimento; a carne dos teus fiéis, aos animais selvagens.

3 Derramaram o sangue deles como água ao redor de Jerusalém, e não há ninguém para sepultá-los.

4 Somos objeto de zombaria para os nossos vizinhos, de riso e menosprezo para os que vivem ao nosso redor.

5 Até quando, Senhor? Ficarás irado para sempre? Arderá o teu ciúme como o fogo?

6 Derrama a tua ira sobre as nações que não te reconhecem, sobre os reinos que não invocam o teu nome,

7 pois devoraram Jacó, deixando em ruínas a sua terra.

8 Não cobres de nós as maldades dos nossos antepassados; venha depressa ao nosso encontro a tua misericórdia, pois estamos totalmente desanimados!

9 Ajuda-nos, ó Deus, nosso Salvador, para a glória do teu nome; livra-nos e perdoa os nossos pecados, por amor do teu nome.

10 Por que as nações haverão de dizer: “Onde está o Deus deles?” Diante dos nossos olhos, mostra às nações a tua vingança pelo sangue dos teus servos.

11 Cheguem à tua presença os gemidos dos prisioneiros. Pela força do teu braço preserva os condenados à morte.

12 Retribui sete vezes mais aos nossos vizinhos as afrontas com que te insultaram, Senhor!

13 Então nós, o teu povo, as ovelhas das tuas pastagens, para sempre te louvaremos; de geração em geração cantaremos os teus louvores.


Salmo 109

1 Ó Deus, a quem louvo, não fiques indiferente,

2 pois homens ímpios e falsos dizem calúnias contra mim, e falam mentiras a meu respeito.

3 Eles me cercaram com palavras carregadas de ódio; atacaram-me sem motivo.

4 Em troca da minha amizade eles me acusam, mas eu permaneço em oração.

5 Retribuem-me o bem com o mal, e a minha amizade com ódio.

6 Designe-se um ímpio para ser seu oponente; à sua direita esteja um acusador.

7 Seja declarado culpado no julgamento, e que até a sua oração seja considerada pecado.

8 Seja a sua vida curta, e outro ocupe o seu lugar.

9 Fiquem órfãos os seus filhos e viúva a sua esposa.

10 Vivam os seus filhos vagando como mendigos, e saiam rebuscando o pão longe de suas casas em ruínas.

11 Que um credor se aposse de todos os seus bens, e estranhos saqueiem o fruto do seu trabalho.

12 Que ninguém o trate com bondade nem tenha misericórdia dos seus filhos órfãos.

13 Sejam exterminados os seus descendentes e desapareçam os seus nomes na geração seguinte.

14 Que o Senhor se lembre da iniquidade dos seus antepassados, e não se apague o pecado de sua mãe.

15 Estejam os seus pecados sempre perante o Senhor, e na terra ninguém jamais se lembre da sua família.

16 Pois ele jamais pensou em praticar um ato de bondade, mas perseguiu até à morte o pobre, o necessitado e o de coração partido.

17 Ele gostava de amaldiçoar: venha sobre ele a maldição! Não tinha prazer em abençoar: afaste-se dele a bênção!

18 Ele vestia a maldição como uma roupa: entre ela em seu corpo como água e em seus ossos como óleo.

19 Envolva-o como um manto e aperte-o sempre como um cinto.

20 Assim retribua o Senhor aos meus acusadores, aos que me caluniam.

21 Mas tu, Soberano Senhor, intervém em meu favor, por causa do teu nome. Livra-me, pois é sublime o teu amor leal!

22 Sou pobre e necessitado e, no íntimo, o meu coração está abatido.

23 Vou definhando como a sombra vespertina; para longe sou lançado, como um gafanhoto.

24 De tanto jejuar os meus joelhos fraquejam e o meu corpo definha de magreza.

25 Sou objeto de zombaria para os meus acusadores; logo que me veem, meneiam a cabeça.

26 Socorro, Senhor, meu Deus! Salva-me pelo teu amor leal!

27 Que eles reconheçam que foi a tua mão, que foste tu, Senhor, que o fizeste.

28 Eles podem amaldiçoar, tu, porém, me abençoas. Quando atacarem, serão humilhados, mas o teu servo se alegrará.

29 Sejam os meus acusadores vestidos de desonra; que a vergonha os cubra como um manto.

30 Em alta voz, darei muitas graças ao Senhor; no meio da assembleia eu o louvarei,

31 pois ele se põe ao lado do pobre para salvá-lo daqueles que o condenam.


Salmo 137

1 Junto aos rios da Babilônia nós nos sentamos e choramos com saudade de Sião.

2 Ali, nos salgueiros, penduramos as nossas harpas;

3 ali os nossos captores pediam-nos canções, os nossos opressores exigiam canções alegres, dizendo: “Cantem para nós uma das canções de Sião!”

4 Como poderíamos cantar as canções do Senhor numa terra estrangeira?

5 Que a minha mão direita definhe, ó Jerusalém, se eu me esquecer de ti!

6 Que me grude a língua ao céu da boca, se eu não me lembrar de ti e não considerar Jerusalém a minha maior alegria!

7 Lembra-te, Senhor, dos edomitas e do que fizeram quando Jerusalém foi destruída, pois gritavam: “Arrasem-na! Arrasem-na até aos alicerces!”

8 Ó cidade de Babilônia, destinada à destruição, feliz aquele que lhe retribuir o mal que você nos fez!

9 Feliz aquele que pegar os seus filhos e os despedaçar contra a rocha!


Salmo 139

1 Senhor, tu me sondas e me conheces.

2 Sabes quando me sento e quando me levanto; de longe percebes os meus pensamentos.

3 Sabes muito bem quando trabalho e quando descanso; todos os meus caminhos são bem conhecidos por ti.

4 Antes mesmo que a palavra me chegue à língua, tu já a conheces inteiramente, Senhor.

5 Tu me cercas, por trás e pela frente, e pões a tua mão sobre mim.

6 Tal conhecimento é maravilhoso demais e está além do meu alcance; é tão elevado que não o posso atingir.

7 Para onde poderia eu escapar do teu Espírito? Para onde poderia fugir da tua presença?

8 Se eu subir aos céus, lá estás; se eu fizer a minha cama na sepultura, também lá estás.

9 Se eu subir com as asas da alvorada e morar na extremidade do mar,

10 mesmo ali a tua mão direita me guiará e me susterá.

11 Mesmo que eu diga que as trevas me encobrirão, e que a luz se tornará noite ao meu redor,

12 verei que nem as trevas são escuras para ti. A noite brilhará como o dia, pois para ti as trevas são luz.

13 Tu criaste o íntimo do meu ser e me teceste no ventre de minha mãe.

14 Eu te louvo porque me fizeste de modo especial e admirável. Tuas obras são maravilhosas! Digo isso com convicção.

15 Meus ossos não estavam escondidos de ti quando em secreto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra.

16 Os teus olhos viram o meu embrião; todos os dias determinados para mim foram escritos no teu livro antes de qualquer deles existir.

17 Como são preciosos para mim os teus pensamentos, ó Deus! Como é grande a soma deles!

18 Se eu os contasse, seriam mais do que os grãos de areia. Se terminasse de contá-los, eu ainda estaria contigo.

19 Quem dera matasses os ímpios, ó Deus! Afastem-se de mim os assassinos!

20 Porque falam de ti com maldade; em vão rebelam-se contra ti.

21 Acaso não odeio os que te odeiam, Senhor? E não detesto os que se revoltam contra ti?

22 Tenho por eles ódio implacável! Considero-os inimigos meus!

23 Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me e conhece as minhas inquietações.

24 Vê se em minha conduta algo te ofende e dirige-me pelo caminho eterno.


Salmo 140

1 Livra-me, Senhor, dos maus; protege-me dos violentos,

2 que no coração tramam planos perversos e estão sempre provocando guerra.

3 Afiam a língua como a da serpente; veneno de víbora está em seus lábios.

4 Protege-me, Senhor, das mãos dos ímpios; protege-me dos violentos, que pretendem fazer-me tropeçar.

5 Homens arrogantes prepararam armadilhas contra mim, perversos estenderam as suas redes; no meu caminho armaram ciladas contra mim.

6 Eu declaro ao Senhor: Tu és o meu Deus. Ouve, Senhor, a minha súplica!

7 Ó Soberano Senhor, meu salvador poderoso, tu me proteges a cabeça no dia da batalha;

8 não atendas aos desejos dos ímpios, Senhor! Não permitas que os planos deles tenham sucesso, para que não se orgulhem.

9 Recaia sobre a cabeça dos que me cercam a maldade que os seus lábios proferiram.

10 Caiam brasas sobre eles, e sejam lançados ao fogo, em covas das quais jamais possam sair.

11 Que os difamadores não se estabeleçam na terra, que a desgraça persiga os violentos até a morte.

12 Sei que o Senhor defenderá a causa do necessitado e fará justiça aos pobres.

13 Com certeza os justos darão graças ao teu nome, e os homens íntegros viverão na tua presença.